terça-feira, 22 de abril de 2014

Polícia ouve madrasta suspeita de morte do menino Bernardo no RS

A madrasta do garoto Bernardo Boldrini, encontrado morto na semana passada em Frederico Westphalen (RS), foi ouvida pela delegada que dirige a investigação sobre o crime. O depoimento ocorreu na segunda-feira (21), em uma sala do presídio onde a suspeita, Graciele Ugolini, está presa. Em qual penitenciária ela está, porém, não foi revelado pela polícia.

A delegada Caroline Machado não deu detalhes do que foi dito na ocasião nem revelou se Graciele se declarou inocente. A madrasta não chorou e, segundo a policial, se mostrou "tranquila".

Graciele é a principal suspeita da morte do enteado, de 11 anos. Uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o pai do garoto, Leandro Boldrini, também estão presos sob suspeita de participação no assassinato.

O advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, disse que o depoimento foi encerrado rapidamente porque ela estava muito abalada e sem condições de falar. Mattos, que assumiu o caso no último fim de semana, afirmou que ainda não conversou de maneira detalhada com Graciele sobre as suspeitas levantadas contra ela pela polícia.

Em entrevista na manhã desta terça (22), a delegada afirmou que faltam "detalhes" para esclarecer a morte. A polícia diz trabalhar para "individualizar" a participação de cada um dos três suspeitos no crime.

A investigação aponta que o crime foi premeditado. Em depoimento à polícia, revelado pelo jornal "Zero Hora" no fim de semana, Edelvânia afirmou que recebeu R$ 6.000 de Graciele para ajudar no assassinato. Também afirmou, segundo a reportagem, que a madrasta já havia tentado matá-lo anteriormente por sufocamento com um travesseiro.

Caroline Machado se mostrou irritada com a divulgação desse depoimento na mídia e afirmou que isso prejudicou a investigação. O caso corre sob segredo de Justiça.

"Não sei se a versão [relatada no depoimento] é a verdadeira. Tenho que, com outros elementos, verificar", disse a delegada.

PROVAS

Leandro Boldrini também já foi ouvido pela polícia. O advogado dele, Jader Marques, disse nesta terça (22) que pode afirmar "com tranquilidade" a inocência. "Ainda não encontrei elementos para uma acusação formal contra o meu cliente", disse.

Marques disse também que a polícia até agora não mostrou provas do envolvimento de Leandro no assassinato.

A delegada diz que tem convicção da participação dele. Mas afirma que não pode revelar as provas e apenas informou que o pai não estava na cena do crime.

O advogado quer obter acesso à íntegra dos autos do inquérito. A polícia afirma que, conforme decisão judicial, irá permitir o acesso da defesa apenas a trechos que não prejudiquem o andamento da investigação.


FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/04/1443750-policia-ouve-madrasta-suspeita-de-morte-do-menino-bernardo-no-rs.shtml

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