sexta-feira, 25 de abril de 2014

TJDF decreta prisão preventiva de padrasto acusado de matar bebê

Menino de 1 ano e 11 meses teria sofrido espancamento e abuso sexual.

Professor de jiu-jítsu foi detido no dia 1º de abril, mas nega acusações.

Familiares mostram faixas nas quais pedem Justiça após a morte de um bebê de 1 ano e 11 meses no DF (Foto: Isabella Formiga/G1)Família mostra faixas nas quais pedem Justiça
após a morte de um bebê de 1 ano e 11 meses
no DF (Foto: Isabella Formiga/G1)
O Tribunal do Júri de Taguatinga, no Distrito Federal, decretou a prisão preventiva do professor de jiu-jítsu Daryell Dickson Menezes Xavier, acusado de matar o enteado de 1 ano e 11 meses. O órgão acatou denúncia do Ministério Público, que diz que o homem teria espancado e abusado da criança. Até então, ele estava detido por causa de um mandado de prisão preventiva.
A morte ocorreu no final de março. A criança foi internada no dia 27 no Hospital Anchieta, em Taguatinga, e morreu dois dias depois. Médicos haviam sido informados que a vítima teria sofrido uma queda. Servidores da unidade de saúde, no entanto, acionaram a polícia após constatarem que os ferimentos não eram compatíveis com os de uma queda.
“A ação de traumatismo foi contundente e a força exercida foi muito grande. Só uma pessoa com porte grande e conhecimento de técnicas, como o padrasto, que era lutador de jiu-jitsu, saberia dar”, disse a delegada da 38ª DP Tânia Soares. “A criança também tinha uma fissura no ânus, não se sabe se proveniente de abuso sexual, já que constipação também dá fissura”.
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A ação de traumatismo foi contundente e a força exercida foi muito grande, só uma pessoa com porte grande e conhecimento de técnicas, como o padrastro, que era lutador de jiu-jítsu, saberia dar"
Tânia Soares, delegada da 38ª DP
Xavier se apresentou à polícia dois dias após a morte, quando já era considerado foragido. Ele se recusou a falar durante o depoimento. Depois, foi levado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) no Plano Piloto.
Segundo a delegada, no sábado, a mãe deixou o bebê com o lutador e saiu. Pouco depois, ele ligou dizendo que o menino estava tendo convulsões e alegou que ele havia caído. Os dois levaram o bebê ao hospital.
A delegada afirmou que o homem não compareceu ao velório. “O padrasto passou a ser o principal suspeito pelas contradições e pela versão dos familiares. Fomos juntando e verificamos que ele foi a única pessoa que esteve em contato com a criança. Não houve queda da própria altura, ele não caiu em casa, na escola”, disse a delegada. “Já tem um mandado de prisão e estamos à captura dele. Ele se encontra foragido.”
Em um protesto ocorrido em abril em frente ao tribunal, a avó materna do menino, Márcia Valéria, pediu que que o acusado seja condenado à pena máxima pelo crime. "A gente quer Justiça, pena máxima, que ele fique o máximo de tempo possível na cadeia. Queremos que as leis sejam mais rígidas", declarou.

FONTE: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/04/tjdf-decreta-prisao-preventiva-de-padrasto-acusado-de-matar-bebe.html

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