sábado, 6 de dezembro de 2014

Representação política sem lastro popular


Em 2014 as campanhas políticas no Brasil, consumiram R$ 5,1 bilhão

Gil Castelo Branco, fundador da ONG Contas Abertas, quando se referiu aos altos custos das campanhas, acertou bem na ferida: "A maior parte das pessoas que entra hoje na política não é levada por interesses públicos nobres. Os valores das campanhas comprovam que a política se torna, cada vez mais, um grande negócio.” ...

Em 2014 as campanhas políticas no Brasil, consumiram R$ 5,1 bilhão, número que corresponde apenas aos gastos que foram declarados à Justiça Eleitoral. Somente para a reeleição da presidente Dilma foram arrecadados, oficialmente, R$350,8 milhões. Com o acirramento da disputa os custos também foram elevados. Ao todo cada voto dado à reeleição custou R$ 6,44. É uma soma fabulosa. Mesmo com tal quantia de recursos, R$ 11,9 milhões ainda permanecem na área cinzenta das verbas ocultas, ou seja, seus doadores não foram identificados ainda. Em Brasília também os valores gastos para eleição aos cargos do Legislativo e Executivo são elevados, o que, de certa forma restringe a participação no pleito apenas àqueles candidatos da elite partidária ou que possuam pequenas fortunas. O perigo com os altos valores necessários para eleger um político é que somente grandes empresas ou pessoas da faixa superior da pirâmide são capazes de doar altas somas para bancar os custos crescentes de seus candidatos preferidos. Como não existe apoio baseado apenas no elevado interesse público, doadores e candidatos se vêm obrigados a se unir numa valsa que dura quatro anos. Dois prá lá, dois prá cá.
Fonte: Blog do Ari Cunha 

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