sábado, 7 de junho de 2014

Eleições: O fator Joaquim


O Datafolha perguntou aos eleitores quem mais influencia a decisão deles na escolha do candidato. Lula, com 36%, lidera, como esperado. A novidade é o fator Joaquim Barbosa, que virou uma espécie de herói nacional. Ele vem em segundo, com 26%.

Era tudo o que o PT mais temia. A Copa do Mundo vai começar — praticamente, um mês perdido para a política — com a presidente Dilma em queda livre nas pesquisas. A mais recente, do Datafolha, mostra que, mesmo sendo, de longe, a candidata com mais exposição e visibilidade na mídia, a petista caiu de 37% para 34% na preferência dos eleitores. A trajetória descendente é clara. Em fevereiro, ela tinha 44%. De lá para cá, perdeu nada menos que 10 pontos. ...

Outro dado também deixa os partidários da reeleição dela de cabelos em pé: 74% dos eleitores ouvidos dizem querer um governo diferente do atual. Além disso, o pessimismo com a economia é recorde: 36% dos entrevistados acham que a situação vai piorar nos próximo meses. Sem contar que, entre os três candidatos mais bem posicionados na pesquisa, a presidente é quem registra a mais elevada taxa de rejeição: 35%. Aécio (PSDB) e Eduardo (PSB) têm 29% cada um. 

Mas há um alento para os petistas na sondagem. Apesar de Dilma despencar rumo ao piso histórico do partido, em torno de 30%, a oposição também perdeu fôlego. No total, o percentual dos que declaram voto nos concorrentes à Presidência da República recuou de 38% para 35%. Ou seja, ninguém está conseguindo capitalizar o sentimento de frustração dos brasileiros com o atual governo. 

Surpreendente mesmo é o crescimento do número de indecisos, que passou de 8% para 15%; e o daqueles que se dizem dispostos a anular o voto: 17%. Na pesquisa, o Datafolha perguntou aos eleitores quem mais influencia a decisão deles na escolha do candidato. Lula, com 36%, lidera, como esperado. A novidade é o fator Joaquim Barbosa, que virou uma espécie de herói nacional após a prisão dos mensaleiros. Ele vem em segundo, com 26%. Um cacife invejável para quem, pelo menos até agora, mantém distância regulamentar das querelas políticas.
Fonte: PLÁCIDO FERNANDES VIEIRA -Correio Braziliense 

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