Manifestantes atearam fogo em pneus e incendiaram dois veículos.
Protesto é contra decisão que manda comércio deixar área pública.
Dois homens foram presos e outros Dois adolescentes foram apreendidos durante protesto de funcionários do supermercado Tatico, em Ceilandia, no Distrito Federal, depois que a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) voltou a fechar o estabelecimento na manhã desta terça-feira (22), que ocupa irregularmente uma área pública há 20 anos. O ato teve dois carros incendiados e confusão entre manifestantes e policiais.
Pelo menos um dos dois presos é funcionário do supermercado. Ele participava do ato com outros trabalhadores do comércio, que incendiaram pneus e fecharam os dois sentidos da avenida Hélio Prates por volta de 10h, a 20 metros de um posto de combustível. Os bombeiros foram chamados para apagar o fogo, mas os manifestantes voltaram a queimar pneus em pontos diferentes da pista.
Policiais militares e manifestantes entraram em conflito depois que um grupo atirou pedras em carros da Agefis que estavam estacionados perto do supermercado. A polícia usou spray de pimenta e um policial militar chegou a mostrar a arma para o grupo. Fiscais da agência tiveram de ser transportados dentro do ônibus da Polícia Militar.
Durante a confusão, um adolescente com cerca de 11 anos foi apreendido por tentar roubar um celular com um estilete. A vítima não registrou queixa e a PM disse que não pôde apreendê-lo, mas apenas levá-lo para casa. As 16h os manifestantes desocuparam as pistas, mas a avenida não foi liberada para carros. Durante o protesto, funcionários também atearam fogo em pneus e bloquearam os dois sentidos da Avenida Hélio Prates.
O diretor do Tatico Cesar Boera disse que o mercado foi reaberto porque a empresa estava "munida de documento e embasada em lei". Ele afirmou que já propôs comprar a área do GDF e que já tem usucapião do terreno. Boera afirma que a empresa também já propôs comprar um espaço e ceder ao GDF.
Um assessor do mercado disse que a área pública fica no meio do mercado, que é uma rua que separa dois blocos e não tem utilidade para o governo. Ele afirmou que quando o proprietário comprou o espaço, já contava com a área invadida. Boera afirma que não tem dívidas e que sempre pagou todos os impostos em dia.
"Os clientes estavam lá dentro fazendo compras, caminhão fazendo entrega, quando chegaram e mandaram todo mundo sair e fecharam", disse a caixa Moabia Cardoso. "Só queremos trabalhar, pagar meu aluguel e dar o leite pro meu filho."
O brigadista Sinval Dourado disse que aderiu ao protesto porque é cliente assíduo do Tatico. "Moro na Guariroba. Vim comprar leite e encontrei o mercado fechado. Isso é perseguição política. Não tem mercado mais barato."
Um assessor do mercado disse que a área pública fica no meio do mercado, que é uma rua que separa dois blocos e não tem utilidade para o governo. Ele afirmou que quando o proprietário comprou o espaço, já contava com a área invadida. Boera afirma que não tem dívidas e que sempre pagou todos os impostos em dia.
"Os clientes estavam lá dentro fazendo compras, caminhão fazendo entrega, quando chegaram e mandaram todo mundo sair e fecharam", disse a caixa Moabia Cardoso. "Só queremos trabalhar, pagar meu aluguel e dar o leite pro meu filho."
O brigadista Sinval Dourado disse que aderiu ao protesto porque é cliente assíduo do Tatico. "Moro na Guariroba. Vim comprar leite e encontrei o mercado fechado. Isso é perseguição política. Não tem mercado mais barato."
Boera disse que a Kombi incendiada é da própria empresa. Depois que o veículo estava em chamas, ele pediu que os manifestantes e pedestres ficassem longe para não se ferirem em caso de explosão.
A direção do supermercado informou que os manifestantes só sairiam da avenida depois que a Agefis deixasse o estabelecimento. O órgão, porém, informou que vai manter a interdição do estabelecimento e que parte do supermercado deve ser derrubada ainda nesta terça-feira.
Um grupo de funcionários trouxe cerca de 20 pneus em um caminhão da empresa jogou álcool sobre eles e ateou fogo. Bombeiros e PM chegaram ao local uma hora depois do início do protesto. Enquanto os bombeiros apagavam uma das barreiras, outros grupos ateavam fogo em pneus em mais dois pontos da avenida.
Um grupo de funcionários trouxe cerca de 20 pneus em um caminhão da empresa jogou álcool sobre eles e ateou fogo. Bombeiros e PM chegaram ao local uma hora depois do início do protesto. Enquanto os bombeiros apagavam uma das barreiras, outros grupos ateavam fogo em pneus em mais dois pontos da avenida.
Um vídeo feito pelo G1 mostra o momento em que duas pessoas colocam uma bomba sob um cone de sinalização, que voa cerca de um metro (veja acima).
A Polícia Militar, que acompanhava o protesto à distância, interveio depois que manifestantes tentaram fazer outro bloqueio com papelão e galhos de árvore. Um grupo de funcionários do supermercado depredou um carro da Agefis e atirou pedras nos policiais, que reagiram com gás de pimenta.
A polícia e funcionários disseram que os as pessoas que jogavam pedras e derrubavam placas de sinalização não trabalham no supermercado – supostamente, são usuários de drogas da região, muitos dos quais aparentavam ser menores de idade.
Por conta do protesto, comerciantes da região começaram a fechar as lojas, com medo de saques e depredações. O trânsito na avenida foi desviado para as quadras residenciais. Muitos veículos tiveram de fazer o retorno sobre o canteiro que separa as faixas para retornar.
Questionamentos
No dia 25 de março, o Tribunal de Contas do Distrito Federal deu prazo de 60 dias para que o GDF cumprisse a decisão da Justiça. O tribunal também havia solicitado esclarecimentos da Administração de Ceilândia sobre o porquê de ter expedido licença de funcionamento de autorização de uso de área pública para o supermercado, apesar da ordem judicial determinando a reintegração de posse.
No dia 25 de março, o Tribunal de Contas do Distrito Federal deu prazo de 60 dias para que o GDF cumprisse a decisão da Justiça. O tribunal também havia solicitado esclarecimentos da Administração de Ceilândia sobre o porquê de ter expedido licença de funcionamento de autorização de uso de área pública para o supermercado, apesar da ordem judicial determinando a reintegração de posse.
Na semana passada, o supermercado já havia sido interditado, mas voltou a funcionar depois que os funcionários interditaram a avenida com carrinhos de compras.
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